Dois membros da equipa diretiva da nossa Associação, nomeadamente Carlos Cardoso, Presidente e Artemisa Monteiro, membro do Conselho de Política Científica, fazem parte da equipa de cientistas sociais encarregue de escrever a história da Luta de Libertação Nacional dos PALOP.

Historiadores dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) iniciaram, ontem, em Luanda, discussões técnicas para a elaboração do manual que retrata a história da luta de libertação dos respetivos Estados.

A reunião, com duração de dois dias, surge na sequência da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo do Fórum PALOP, decorrida, em Abril do ano passado, em Luanda, por videoconferência.

Em concreto, os participantes procuram articular questões relacionadas com o volume, a estrutura e temas a serem desenvolvidos na obra.

Segundo a historiadora angolana Rosa Cruz e Silva, o objetivo é garantir a preservação do legado histórico e dos monumentos constituídos pelos campos de concentração, onde estiveram os nacionalistas destes países.

Para a implementação do projeto de elaboração da História sobre a luta de libertação dos PALOP, explicou que Angola contribui com um milhão e 800 mil euros.

No caso de Angola, adiantou, pretende-se retomar, no manual, entrevistas de antigos combatentes e conteúdos escritos e orais que retratam a história do país.

A historiadora acrescentou que a Comissão, de carácter institucional, vai dedicar-se à recolha de entrevistas aos sobreviventes e antigos combatentes da Guiné-Bissau, Cabo Verde e Angola, bem como nas instituições e movimentos de libertação que se fixaram em vários pontos do mundo, como Argélia, Marrocos, na República da Guiné e no Ghana.

“As equipas vão desdobrar-se nesse sentido, para que os textos que venhamos a produzir possam refletir o que foi, de facto, essa longa trajetória e todos os momentos de libertação”, explicou.

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